COMPANHEIRO FIEL
Se estou trabalhando
- seja a hora que for -
Gatinho se deita ao lado
do meu computador.
Se vou para a sala
e deito no sofá,
ele logo vai pra lá.
Se à mesa me sento
a escrever poesia
e da sala me ausento
pela fantasia,
volto à realidade
quando, sem querer,
toco de revés
numa coisa macia.
Já sei, não pago dez:
é o Gatinho
que sem eu saber
veio de mansinho
deitar-se a meus pés.
Poema infantil de Ferreira Gullar, da série "Um Gato Chamado Gatinho", extraído do livro 'Poesia Completa e Prosa', Lacerda Editores, Rio de Janeiro, 2008
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